Jornal Aldrava Cultural
Academia Maceioense de Letras

Andreia Donadon Leal é diplomada Membro Correspondente na Cadeira nº 95
da Academia Maceioense de Letras

O Patrono de Andreia Donadon Leal é o santabarbarense Edson Batista da Silva - Didi Jacaré

ACADEMIA MACEIOENSE DE LETRAS


Sê inteiro em cada coisa. Põe o quanto és no mínimo que fazes”. Fernando Pessoa (1888/1935)

Nasceu no dia 11 de agosto de 1955, na sala da Associação Alagoana de Imprensa (77 anos), no prédio do antigo IPASE, sob a inspiração do jornalista José Rodrigues de Gouveia, hoje, residente na terra de José de Alencar. Bem como integravam a plêiade de intelectuais a saber: Augusto Vaz da Silva Filho, Arthur Verres Domingues, poeta de Coqueiro Seco Manoel Cícero do Nascimento, Cláudio Antônio Jucá Filho (atual presidente), Rui Ávila, Paulo Duarte Cavalcante e Rui Sampaio.

Em realidade, a AML brotou em face da decadência do Centro Cultural Emílio de Maya conforme assinala o autor do livro Academia Maceioense de Letras – uma instituição cinqüentenária – doutor Helder Lisboa de Sá Júnior, sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI); historiador consagrado nas suas pesquisas de relevo na contemporaneidade; e, sobretudo, médico consciente de seu papel social a serviço da sociedade alagoana.

Aliás, diga-se de passagem, de sua excelsa inteligência outras obras abrilhantam as Bibliotecas locais/nacionais: Portugal Ramalho: Notas Bibliográficas, Sociedade de Medicina de Alagoas: 90 Anos, a Justiça Eleitoral em Alagoas e Aristheu de Andrade: O rouxinol das Alagoas (no prelo). Afora isso, diversos prêmios literários arrebatou com sua capacidade ímpar de escrever e, ao mesmo tempo, imortalizar-se nos anais do seu tempo.

Por outro lado, como contador envereda pela seara dos números produzindo balanços, levantamentos contábeis onde expõe sua capacidade de produzir documentos capazes de marcar sua época de homem público que abraçou múltiplas atividades profissionais em benefício da coisa pública.

É, por excelência, obstinado naquilo que faz. Possui feeling de memorialista e, por conseguinte, condensa sua pesquisa sob a égide da veracidade dos fatos. E, por isso, seus trabalhos já se consagraram como fonte de pesquisa daqueles que se dizem amantes da historicidade, da biografia de homens que se foram deixando marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.

Agora, debruçou-se na pesquisa sobre a Casa do vate Cipriano Jucá, meu patrono na Academia Maceioense de Letras, capitaneada pelo bravo poeta-escritor Jucá Santos. Trouxe à tona relatos, registros, depoimentos capazes de imortalizar o sodalício que, no dia 10 de setembro pretérito na SEUNE comemorou 53 de anos de bons serviços prestados à coletividade maceioense.

A magna data, por sua vez, contou com a presença do preclaro presidente da Ordem Nacional dos escritores (SP), Dr. José Verdasca, que naquela memorável noite cultural outorgou MEDALHA/DIPLOMA a diversas personalidades que fazem a AML, bem como a minha singularíssima pessoa, Jucá Santos, Dr. José Sebastião Palmeira, diretor-geral da Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste, e ao vice-governador do Estado de Alagoas, médico renomado Dr. José Wanderley Neto.

A Academia Maceioense de Letras, senhora respeitável no mundo cultural da capital das Alagoas, estava a precisar de uma manifestação de carinho e apreço à altura de sua grandeza. Por essas razões, o médico-escritor Heider Lisboa de Sá Júnior presta uma homenagem gratificante a todos nós que a integramos. Merece, pois, aplausos pelo seu mister e, ao mesmo tempo, consideração e respeito pela feliz iniciativa de elaborar um trabalho desta magnitude.

O inolvidável poeta Cícero do Nascimento, legou à posteridade um poema imorredouro dedicado à AML: “Bendita Academia Maceioense /De letras que a cultura em franca meta,/Dá fruto sazonado que convence,/Na essência do sabor que se projeta/Na palidez do tempo e não se vence/ À força de uma audácia irrequieta,/Condutora da glória que pertence/A quem na fé do ideal se faz profeta”.