Jornal Aldrava Cultural
ISSN 1519-9665
S B P A - João Alberto de Faria e Araújo
Artes Visuais
Cartas

João Alberto de Faria e Araújo

Sociedade idealizada por Andreia Donadon Leal
Logo criada por Gabriel Bicalho

João Alberto de Faria e Araújo é Comunicólogo, Bacharel em Relações Públicas pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro. Pós-graduado em Mediação e Arbitragem pela Univille/SC. Capacitado pelo IMAB em Mediação Empresarial, Familiar e Escolar. Especialista da área de Recursos Humanos onde atuou por mais de 20 anos. Em seu currículo constam vivências em empresas nacionais e multinacionais nos setores de serviços, comércio e indústria. É Consultor, Palestrante, Poeta e Escritor premiado em concursos nacionais e de abrangência internacional. Atua também como Mediador, Conciliador e Árbitro na Câmara de Mediação e Arbitragem de Joinville, sendo um de seus fundadores. É membro da SBPA – Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas.

Aldravias de João Alberto de Faria e Araújo (Joinville, SC) Postadas em 28 de outubro de 2016

tropeçando
em
sombras
desmaia
a
tarde
refletem
nas
águas
delirantes
luares
grisalhos
entorpecida
a
noite
chora
suas
demências
transparência
no
fino
tecido
botões
cor-de-rosa
tentação
o
fetiche
calça
salto
alto
escorregador
por
que
dor
escorregafesta
escorregariso
cata
cartolina
cata
varinha
cata
vento
tecido
transparente
águas-vivas
sensuais
desfilam...
ardentes
dorso
agitado
pescador
cavalga
pequeno
barco

sobre
o
tabuleiro
cheque
e
mate

no
botequim
boêmia
cerveja
cavaquinho
samba-canção
montanhas
grafitadas
pintadas
de
verdes
manhãs
poças
reluzentes
tomam
banho
os
arco-íris
bambuzais
deuses
invisíveis
sopram
notas
aflautadas
fumaça
chaminé
pães
cucas
bolos
café
árido
sertão
arco
colorido
toca
chão
sete
quedas
sete
vidas
sete
palmos
tantas
oferendas...
quantas
tentam
comprar-te
Iemanjá?
ruas
virulentas
vícios
explícitos
frívola
sociedade

lua
de
sangue
nosso
planeta
refletido

Aldravias dos livros: “Abajur Escarlate”, “Noturno”, “Brincadeiras de Criança”, “Cheiro de Mar”, “Entre Aldravias”, “Estações Aldravistas”, “Lápis de Cor”e “Reverberações”.

Aldravias de João Alberto de Faria e Araújo (Joinville, SC) Postadas em 11 de janeiro de 2015

como
flor
perfumosa
a
alvorada
desabrocha
pesadas
vozes
da
aldrava
ecoam
misteriosas
timbres
argentinos
sopram
em
ventos
outonais
campos
multicores
exalam
inefáveis
olores
florais
plana
a
coruja
sob
negra
túnica
faltam-me
palavras:
meu
vocabulário
ficou
mudo
ruflam
os
tambores
tempestade
a
vista
toque
de
atabaques
blocos
de
afoxés
diante
da
lua
o
poente
enrubesce

num
copo
de
cachaça
afogam-se
mágoas


tempo
seco
vento
quente
horizonte
negro
cais
agitado
enormes
cargueiros
desembarcam
ilusões
no
repique
o
suingue
do
samba
mãos
postas
genuflexão
no
altar
pregação
caminhos
floridos
deleitam
caminhos
agrestes
acrescentam
numa
pérgola
buganvílias
derramam
cachos
carmim
na
brevidade
da
aldravia
a
amplidão
calmaria:
o
barco
à
vela
espera
balanço
mulher
olhares
suspiros
desejos
lascivos
pássaro
de
aço
singra
mar
azul


veja página do autor
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Página criada em 11 de janeiro de 2015
Editor: J. B. Donadon-Leal